sábado, 25 de agosto de 2012

Dica de livro: Eichmann em Jerusalém - um relato sobre a banalidade do mal



No momento estou lendo esse livro, que a Paula me indicou após assistirmos "Um homem bom", filme sobre a Alemanha Nazista.

Bem, ainda não cheguei na metade e já estou impressionada. O livro foi escrito por uma jornalista judia e retrata o julgamento de Adolf Eichmann, um nazista da SS. Mas o foco principal do livro não é somente descrever o julgamento, mas sim discursar sobre o comportamento de Eichmann e sua visão perante os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial relacionados aos judeus. A autora foca especialmente na questão da banalidade dos absurdos que aconteceram durante o nazismo, ou seja, como os alemães e especialmente os membros da SS enxergavam o extermínio dos judeus com naturalidade.

E é interessante (e medonho) como, refletindo sobre essa questão da banalização do mal, as pessoas no dia a dia acabam banalizando certas crueldades, assim como os nazistas fizeram com os judeus. Dá para fazer um paralelo com muitas questões atuais, como, por exemplo, o uso dos animais para alimentação humana.

Enfim, essa é, com certeza, uma das leituras que mais recomendo a qualquer pessoa que tenha interesse em refletir um pouquinho sobre essas questões!

Segue abaixo a sinopse do livro:

Sequestrado num subúrbio de Buenos Aires por um comando israelense, Adolf Eichmann é levado para Jerusalém, para o que deveria ser o maior julgamento de um carrasco nazista depois do tribunal de Nuremberg. Mas o curso do processo produz um efeito discrepante - no lugar do monstro impenitente por que todos esperavam, vê-se um funcionário mediano, um arrivista medíocre, incapaz de refletir sobre seus atos ou de fugir aos clichês burocráticos.É justamente aí que o olhar lúcido de Hannah Arendt descobre o 'coração das trevas', a ameaça maior às sociedades democráticas - a confluência de capacidade destrutiva e burocratização da vida pública, expressa no famoso conceito de 'banalidade do mal'. Numa mescla de jornalismo político e reflexão filosófica, Arendt toca em todos os temas que vêm à baila sempre que um novo morticínio vem abalar os lugares-comuns da política e da diplomacia.

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